ABUSO SEXUAL INFANTIL

Como terapeuta, me deparo com uma frequência assustadora, com transtornos emocionais que são resultado de abusos na infância, e tenho buscado formas de combater essa monstruosidade.

De acordo com os dados do Ministério da Saúde, o Brasil teve um aumento de 83% nas notificações gerais de violências sexuais contra crianças e adolescentes. Para tornar tudo ainda mais assustador, as estatísticas apontam que a maioria das ocorrências, ocorreu dentro de casa e os agressores são pessoas do convívio das vítimas, geralmente familiares.

O reforço da confiança em si e da autoestima das nossas crianças será eficaz se antes tivermos um cuidado básico: informá-los a respeito do que é abuso. Sem essa noção, eles não saberão que estão sendo vítimas desse tipo de violência. Não à toa, muitos abusadores usam o argumento de que estão “fazendo carinho” para tocarem nos pequenos. Assim, diga ao seus filhos, que ninguém pode tocar em suas partes íntimas (explique antes quais são as partes íntimas, claro). Que os pais e cuidadores podem apenas ajudá-los a se limpar na hora de troca de fraldas, nas idas ao banheiro e na hora do banho. E nada mais. Se algum adulto tentar passar dos limites, é preciso que os pequenos relatem o fato aos responsáveis. Dê amor, base, confiança.

Além disso, vale a pena ficar atento a alguns sinais. Alguns comportamentos podem indicar que uma criança sofreu abuso: dificuldade de concentração e aprendizagem, alterações da fala e comportamento de evasão, hiper sexualização, baixa autoestima, agressividade, rebeldia, enurese tardia (aquela criança que nunca fez xixi na cama e passa a fazê-lo), insônia, terror noturno, medo excessivo, anorexia, bulimia e demais transtornos alimentares, perda da visão positiva do mundo. Diante desses sinais, procure ajuda medica e terapêutica, esses profissionais serão essenciais na confirmação ou não, das suas suspeitas e te orientarão sobre como agir.

Vamos proteger nossas crianças!!!